24 de abril de 2008

A outra Margem de mim

É muito tempo a desejar o tempo
De mudar ventos, levantar marés
É muita vida a desejar o alento
Que faz saber ao certo quem és.

É funda a toca onde te escondes tanto
Tem a distância entre o silêncio e a voz.
A vida rasga bocadinhos gastos do mundo
Vai descascando até chegar a nós

E tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou

São muitos dias a perder em vão
Sem nunca entrar dentro do labirinto
É muita vida a não ser o que sentes
A planar sobre o que eu sinto

É quase noite, não te escondas mais
Vai desatando até entrar o ar
Dá-me um gesto que me diga o teu fundo
Uma palavra para te tocar

E tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o mundo fechou

Tu que sabes tanto do sol
E és uma espécie de outra margem de mim
Olha-me dentro como chão que me agarre
Pode ser esta noite quente

A estrada aberta mesmo à nossa frente
E tu e eu a descobrir o ar
Não é preciso correr
Não é urgente chegar
O que é preciso é viver.

Apaixonei-me por esta música a primeira vez que a ouvi... Novo trabalho da Mafalda Veiga, mais uma vez... muito bom!!!!

1 comentário:

Sérgio Silva disse...

Olá!

Também adoro MV e este album está genial :)

Só para te dizer que tens um erro na tua letra :
Não é :
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o mundo fechou

Mas sim :
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou


Muito bom na mesma ;)